Faz um tempo que tenho acompanhado o grupo.
Aurora é humana e uma religiosa. Ela parece muito estudada e é sempre gentil. Ela cuida das pessoas. A moça-cobra Thass, mexe com coisas mágicas, ela tá tentando se adaptar. Parece que ela sempre está triste. Gutuk é realmente muito grande, até para um bugurso, dá um pouco de medo. Talvez seja só cara de fome mesmo. Ele tem uma caneca que caberia dentro um amigo meu que é um goblin.
Blantra, a draconata de escama brilhante, tem problemas em ficar calma. Ela parece querer brigar menos conosco do que com a média das pessoas.
Passamos pelo resto da trilha e chegamos na cidade de humanos que chama Ayacar. Acabamos por perto do porto porque tinha cheiro de comida. E tinha muitas barracas. Paramos para comer pão. Tinha uma loja de pão que parecia uma taverna, mas quando é uma estalagem, mas chamava casa de chá com o nome da cidade. É como se fosse uma cidade dentro da cidade que chama a casa de chá ou é o tipo de coisa que vale para todas as barracas? Ou as barracas são uma grande coisa que é a mesma coisa?
Enfim, Aurora me deu um doce de pão bolinha cheio de tempero que eles chamam de sonho. A receita é de Thay, pelo menos foi o que o moço disse. Acho que ele mentiu, o doce era gostoso, não tinha veneno ou magia. Ou é como aquelas coisas que eles fazem porque acham interessante. Cidade é uma coisa muito confusa.
Gutuk e Thass queriam carne. Blantra acho que queria implicar por causa da caçada mesmo. Deuses! Eu não escolho onde não pode caçar, só vigio. No final, tinha coisa com peixe. Thass e Gutuk realmente estranham quando a comida é cozida e o moço pequenino que atendeu, Kunlun, não conseguia entender. O pão-que-era-pão estava muito bom e tinha muitos muitos tipos de chá.
De repente um moço se aproximou, parecia alguém da cidade e se apresentou como Mezhar. Disse que precisava de gente de fora para um serviço de mercenário.
Não sei se parecer um grupo de mercenários de fora é exatamente bom, mas o serviço não pareceu algo essencialmente errado: achar uma moça, filha de um clan abastado importante. Fizemos questão de saber se era ok apenas deixar ela lá se ela não quisesse vir com a gente. Uma coisa bem importante, isso o grupo todo concorda.
A moça, chama Zehira, que saiu de casa para se tornar corsária. Como corsários geralmente tem autorização, acho que devia ser pirata-mercenária. O importante é que vamos a uma ilha de piratas e mercenários e precisamos saber sobre a integridade física que os pais estão preocupados. Apenas informação
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Aurora disse que estava tudo certo com o contrato. Ela é muito cuidadosa, então deve estar tudo bem. Blantra ainda estava duvidando muito então o moço do serviço mostrou que era um gênio e explicou que se a expedição der certo ele vai ser livre. Blantra parece ainda não gostar dele.
Não tenho certeza se isso significa muita coisa. O contrato tinha alguns valores que devem ser altos, Gutuk pareceu feliz com eles.
O moço mostrou alguns pertences da moça Zehira, deu para pegar o cheiro e ele contou melhor como ela é. Depois disso, fomos direto que seriam uns 5 dias de viagem no mar. Não teve adiantamento, mas tinha carona em uma caravela e a comida. Peguei mais pães-bolinha
O capitão era um bípede meio orc Lazlo Dente de Tubarão. Ele não tinha dentes de tubarão de verdade, não que eu tenha visto, e chamava as pessoas de rato.
Os imediatos eram Samara, humana turmishiana e o senhor Merrow, meio gênio de água que estava despejando as cracas. A cozinheira Evren era uma bruxa amiga da Aurora. Tinham várias regras também em uma lista. Eles tinham problema em falar afogamento, uma das coisas proibidas. Se a pessoa cair no mar você fala a pessoa tá com problema de excesso de água ou afundamento? Enfim, coisas de um ritual para manter o barco seguro para na próxima lua cheia ser nomeado e consagrado para Selune. É, o barco não tinha nome. Ainda.
Tínhamos que ajudar na viagem, que é falta de educação ganhar uma carona assim e não fazer nada.
Gutuk ajudou com cordas, coisas grandes e peso. Blantra, desconfiou das pessoas e procurou armadilhas. Aurora abençoou as pessoas, principalmente quem estava com medo de Blantra. Thass tentou ser humana e fazer amigos. Algumas pessoas acho que deram comida pra ela. As pessoas ali realmente gostam muito de golfinhos, bom presságio e tudo, e eu podia até ajudar a pessoa da navegação, mas é mais comum os humanos conseguirem ler o céu que conseguir falar com animais. Então eu fui procurar algum por perto. Não achei ninguém, mas as pessoas pareciam felizes que eu procurei. O mar também parecia bom para navegação e não tinha nenhum perigo próximo embaixo d’água.
As pessoas estavam pensando no nome do barco que seria votado, vieram perguntar sobre. Como pareciam gostar muito de golfinhos, sugeri algo com eles. No final decidiram que ia ter uma votação: Tapa do Golfinho ou Golfinho Atroz.
A mais empolgada era Thass fazendo propaganda para Tapa do Golfinho.
Depois fui ajudar na cozinha também, e ver se tinha algo para comer sem peixe.
A amiga da Aurora, veio falar comigo se oferecendo para nos ajudar na busca, queria fazer uma leitura por intermédio de Mistra ou algo assim. Não sei se ela era confiável, chamei Aurora que já conhecia. Eu não tenho segurança com feitiços assim, as estrelas respondem de forma mais simples. Tinha que ter um vínculo de sangue e Thass sugeriu que fosse feito escondido, a mulher concordou. Ainda estava confiando em Aurora, mas parecia meio complicado.
À noite, enquanto acontecia a votação e a oferta do barco a Selune, a mulher chamou para fazer a leitura.
Além de sangue precisava do nome “verdadeiro”. Blantra não quiz fazer, eu também não. Não gosto de coisa que mexe com nome.
Alguma força superior chamou a leitura, e foi bom ter alguém acompanhando de fora que subitamente todos tinham apagado. Até o bugurso.
Algo muito forte. Algo forte e que mexeu com as forças que protegiam o navio.
O tempo virou de forma sobrenatural, que eu sei ler o tempo.
Uma tempestade e ondas que eu não podia fazer nada a respeito. Não caímos porque Gutuk segurou.
As ondas começaram a jogar criaturas no convés. Primeiro foram criaturas de água. Aurora nos abençoou. Blantra atacou o que estava de um lado. Eu chamei pela proteção das estrelas (proteção nesses casos é um bom ataque). Gutuk ficou ainda maior “parede de Gutuk”, girou a alabarda e alcançou o que estava mais longe como se fosse perto. Os elementais se aproximaram, um deles engoliu Blantra. Thass tirou ela de dentro e tentou fazer alguma coisa que não deu certo.
A onda veio e trouxe tubarões e filhotes de sahuagin. Dessa vez ficamos cercados.
Os filhotes por todos os lados, e uma mordida ardida. Mais filhotes em cima de Blantra e Gutuk, e os tubarões. A criatura de agua mudou de alvo e Thass que foi engolida. Aurora quebrou as bençãos pra poder usar algo que eu não peguei, a tempestade era muito pesada e não dava pra acompanhar direito.
Blantra atacou de novo, Gutuk segurando e atacando, Thass subiu no mastro com uma magia. Tínhamos nos livrado de vários filhotes. Gutuk finalizou um elemental e usou aquelas runas bonitas que ele sabe usar para devolver mordidas.
A gente não tava exatamente bem mas tava aguentando. Os últimos bichos foram embora com uma outra onda e aquele momento o mar mostrou que tinha acalmado.
A chuva finalmente terminou. Aurora deu novas bênçãos, lembrou que o gênio disse que algo havia bloqueado a magia dele. Ela tem certeza que algo não queria que nós tivéssemos a informação. Gutuk colocou que viu algo poderoso e indescritível no ritual. Aurora confirmou. Algo de uma ilha com uma garra. Blantra continuava bem brava, que o encanto havia sido péssima ideia e irritado os deuses. Thass olhando daquele jeito dela, só que também confirmou as visões. Nós obviamente não sabemos de tudo. Não tenho certeza se é exatamente como Aurora disse ou como Blantra reclama, vamos descobrir. Uma nova coisa que o grupo concorda é que não se vai fazer mais dessas.
Apesar da bagunça o pessoal do navio ficou muito grato e querem fazer uma festa. Coisas como que a gente protegeu o navio, ninguém morreu e o nome Tapa do Golfinho, que foi o escolhido, tem poder. É, Thass ficou feliz. Já começou o dia com aquela bolona de fogo e eu só quero ficar quieto e dormir. Tipo humano mesmo, que para, fica quieto e não vê ninguém por horas.
Falamos com o capitão e agora vamos no sentido da ilha do falcão, a tal ilha que tem a garra. Aurora ainda tinha sonhos, os de pãozinho, mas tava com gosto de água salgada.
Passando pra dizer que amei!