Sonhos dos Magos Vermelhos 05 . Sob a previsão de Bibliotecário
Sonhos dos Magos Vermelhos 05 . Sob a previsão de Bibliotecário

Sonhos dos Magos Vermelhos 05 . Sob a previsão de Bibliotecário

O dia que Bibliotecário previu chegou. Conseguimos tirar parte da população que se protegeu em abrigos já conhecidos. Grupos buscaram aliados. Turmishanos e outros da superfície e outros da água. É senso comum que depois de Myth Nantar, Thay não irá parar. Um inimigo comum assim, costuma ser um bom argumento. 

As defesas principais ficaram submersas. Oceanus, pediu que fossemos do suporte na superfície. O planejamento estratégico havia determinado alguns focos de atuação para um grupos reduzidos e com certa experiência, em outras palavras, missões específicas para desestruturar a armada thayana antes de chegarem na parte submersa. Nosso grupo foi designado “Tecnicamente um Golfinho”.

Blantra ficou com Zehira. Alguém tinha que dar suporte caso ela fizesse algo impulsivo demais. Agora não tenho certeza se foi a melhor escolha. Espero que elas fiquem bem.

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Nossa primeira missão foi capturar um navio inimigo. Abordamos em dois barcos. Um Gutuk cuidou dos remos em um, o outro, devo dizer que apesar do contexto, tive a satisfação de testar um novo tipo de forma que estava estudando: polvo gigante. Mais eficaz que o esperado. Sempre tem algo novo para aprender com as criaturas, especialmente quando você adota a visão delas.. A tinta parece uma versão escatológica (talvez mais divertida) das trevas. Deuses! Não mencionei que quando nosso time foi destacado, bom, estávamos sem Blantra, mas uma dupla muito simpática se juntou ao Praticamente um Golfinho. Coisa da própria organização de grupos para as missões estratégicas. Um rato chamado Fofucho e uma pequenina que acompanha ele, chamada Trix. Ele tinha alguma coisa mágica de diferente de um rato padrão e estava bem nervoso com tudo aquilo. A conclusão foi que mágico ou não, era uma pessoa de bom senso e pelo menos profissionalmente eram bem eficientes.

Chegamos em silêncio no navio. Thass fez algo muito, não tenho certeza do que, mas de alguma forma mexeu com a cabeça do capitão, um sahuajin bem grande. Ele começou a ser violento com todos que estavam perto. Isso, claro, foi ótimo, deu uma preocupação aos inimigos. A conjuradora deles, Thass deixou cega, isso tambem foi otimo. A partir disso eu cuidei dela.

Posso atestar que nossa nova aliada, junto com Gutuk e Aurora, fizeram um estrago bom e logo estávamos retornando com a embarcação para a base. Os escravos estavam com muito medo. Ajudaram levar o barco para a base até por isso. Diria que … eles não tem as melhores referências e nosso grupo, .. tem um certo .. imagine de repente ver uma feiticeira criando o caos, um bugurso descomunal, uma pequenina que acerta as coisas e mal se vê de onde vem o golpe e uma clériga com arma mágica, ah .. é.. e um polvo gigante. A impressão deve ter sido forte. Felizmente os elfos da base orientaram melhor, alguns deles se juntaram à luta.

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Nossa segunda missão foi um pedido especial de Oceanus para lidar com um conjurador do clima que estava acelerando demais um grupo de navios e interferindo com a frota aliada. Foi a hora de inaugurarmos as bacias de conjuração. Chamamos por dois elementais e fomos enviados diretamente no barco. Haviam 2 mortos vivos mais fortes e alguns iniciados de Thay, mas o conjurador.. ah esse,.. mal viu quando Gutuk derrubou ele no primeiro ataque. Outra missão cumprida de forma eficiente e rápida.

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Ainda estávamos com os elementais e o controle iria durar por tempo limitado. Também estavamos relativamente bem. Preferimos não descansar e seguimos direto para a terceira missão.

Nossa terceira missão foi lidar com uma fragata que se encaminhava para um ponto que seria problemático. O navio estava repleto de pessoas, a maioria não parecia arcanistas, quer dizer, tinham cabelo.. A conclusão era que seriam escravos, portanto, tentamos abordar com cuidado. Mandei o elemental sob meu comando. Thass conjurou ela mesma seu auxílio, algo que parecia um “beholder bebe”?? De uma forma peculiar, tinha algo de fofinho. Silvanus que me perdoe. 

Começamos a ter que resistir a uma série de bolas de fogo. Haviam pelo menos 2 arcanistas e o comandante acho que era um clérigo do kraken. 

Nossos problemas pioraram quando numa dessas Gutuk que controlava o outro elemental, perdeu controle. Aurora interveio a tempo.

Conseguimos aproximar o barco, vimos que o “escudo humano” não eram exatamente pessoas oprimidas.. era mais para mercenários altamente cientes do trabalho que haviam aceitado e para quem. Foi o que precisava para a mudança de abordagem. Thass tinha gasto uma porção substancial da recompensa com pergaminhos de bola de fogo e deu o troco pela recepção calorosa. 

Quando nos aproximamos o suficiente e as bolas de fogo já tinham resolvido boa parte dos problemas, Fofucho e Trix pularam para o outro barco. Oh sim, nessa hora deu medo, o capitão era bem difícil de atingir, mesmo com o elemental no corpo-a-corpo. O sujeito deu uma ordem de controle mental para Gutuk, que estava no controle do nosso barco, e ele começou a nos afastar, e com Fofucho e Trix que estavam no outro barco. Por pouco consegui derrubar o sujeito e Gutuk recuperou seus pensamentos. Pudemos reaproximar, e melhor que o esperado, além de lidar com o inimigo, conseguimos um segundo navio para o nosso lado. Esse, bem equipado por sinal.

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Finalmente paramos para nos recuperar um pouco, boa parte da batalha estava em andamento. No fundo do mar às vezes era possível observar sombras gigantescas de criaturas que participavam do conflito. 

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Nossa última empreitada foi, acho que dentro de tantas emergências, dentro de um combate daquele porte, uma emergência maior. Se aproximava uma embarcação também de dimensões colossais, nenhum dos marujos mais experientes conosco conhecia qualquer coisa parecida, era um navio feito de ossos, grande parte com esqueletos completos. Como não lembrar do mercado de escravos de Eltabbar?

Nossa parte era simples, prejudicar o máximo possível o navio de ossos, de preferência afunda-lo.

Dessa vez havia uma equipe conosco controlando o navio e quando chegamos perto, vimos que aquilo estava cheio de mais conjuradores e esqueletos arqueiros.

Mas esse não era o pior de nossos problemas. A primeira magia que nosso grupo contra o inimigo, percebemos que .. o barco era senciente e capaz de cancelar magias. A situação se agravou com um beholder morto-vivo e Thass tinha usado todos os pergaminhos na missão anterior. Aurora novamente salvou, banindo a criatura, mas essa havia sido construída neste plano, precisava manter a concentração para que ele não voltasse. Ainda tinham a saraivada de flechas, bolas de fogo do conjurador e mais fogo por magos menores. O barco era extremamente resistente e não era todo dano que conseguia fazer efeito. 

Resistimos a ondas, Thass chegou a cair na água. Ela chamou o beholder bebe novamente, mas o raio que ele soltava não dava dano ao barco. Aurora seguiu resistindo na concentração. 

Uma hora quem foi banido foi Gutuk. E foi banido duas vezes! E de repente tinham dois enormes ogros mortos-vivos. … de Thay, apenas obscenidades. 

Determinado momento Dantaur, uma gigantesca tartaruga dragão entrou na batalha. Foi um indício importante que estávamos conseguindo, na pior das hipóteses, um incentivo moral, ainda sim, estávamos nos limites físicos e de recursos.

Aurora chegou em um ponto que teve que escolher arriscar os colegas para priorizar aquele barco e todo caos acontecendo. Gutuk quase caiu, Thass caiu, mas conseguimos levantar, Trix uma hora ficou sozinha corpo-a-corpo com os ogros, eu quase cai pelo menos algumas vezes. Nosso último recurso para que Death Knight-Dreadnought não chegasse ao ponto da cidade foi a ordem de Trix para que o capitão avançasse com nossa própria embarcação.

E foi, neste último instante de desespero, todos pularam no mar e acompanhamos, enquanto tentávamos nos afastar, Knight e o Tecnicamente um Golfinho afundarem por fim. 

O navio que havíamos capturado antes, estava rebatizado com o nome do nosso time. Knight caiu praticamente aos pés de Myth Nantar, enquanto os últimos thayanos e mercenários eram rendidos.

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Fomos recolhidos por nossos conhecidos em outros barcos, mais uma vez no Tapa do Golfinho. (Um polvo gigante pode realmente ser muito útil essas horas). A batalha terminou sob a benção de Sashelas. (haviam golfinhos como sinal) 

Bibliotecário havia cumprido sua previsão e Myth Nantar continuava livre.

A partir dali, tivemos que ter um descanso. Todos estavam cansados e feridos demais. Normalmente prefiro descansar como os colegas (ou algo parecido), mas nessas horas é bom se recuperar mais rápido. A primeira coisa quando se encerra uma batalha nesse porte é encarar a destruição causada. Mortos para se recolher, feridos para se cuidar. 

Aurora assim que pode apareceu na praça próximo a chama do mitral onde as pessoas se organizavam. Uma sensação estranha, acho que boa, de naquele contexto ser mais um entre os elfos. Recebemos apelidos, mas com tantas pessoas e dois estrangeiros, é meio inevitável, mas foi um bom sinal, as pessoas não estavam mais usando termos como estrangeiros ou os de terra seca.

Era bastante trabalho. Quando finalmente deu para ter um intervalo, Thass, Fofucho e Trix apareceram carregando uma infinidade de objetos. Eles abriram no chão, espalharam para que as coisas pudessem ser vistas. Gutuk veio também, deu aquela risada característica. Ele tinha vindo da forja. Parece que em alguma época foi ferreiro ou algo parecido, teria que perguntar melhor. 

Algumas coisas que o trio achou eram objetos mágicos de alta qualidade. Uma das coisas que fazem dos magos de Thay especialmente perigosos é a competência na ciência arcana. Agora não lembro quem, mas alguém dos presentes soltou algo sobre haver certa justiça em usar como munição as armas do inimigo. No final, boa parte foi vendida e dividimos o dinheiro. 

De uma senhora que cuidamos na praça, recebi um escudo. Foi bem inesperado, ainda mais pela qualidade do item, parecia no mínimo muito raro, diferente de alguma coisa que eu já vi. Thass tinha recebido um presente também, muito peculiar, um item imbuído de magia que as crianças no templo haviam feito. Parecia uma espécie de brinquedo com cabeça de golfinho, mas muito simpático.

Uma recuperação, ou reconstrução, lenta, até pelo grau de destruição, mas um certo otimismo sutil entre as despedidas.